Você pode já ter usado um modelo para pintar um desenho. Se esse é o caso, então você já praticou stencil art. Este método consiste em estampar desenhos passando a tinta para uma superfície através de um estêncil. Mas a chamada técnica do estêncil não é uma arte visual recente, longe disso.
Desde as cavernas rupestres, nas quais eram desenhadas cenas do cotidiano, a pichações em nossas cidades que refletem problemas sociais, há muitas maneiras de criar padrões com rapidez e precisão. Neste artigo revisamos a evolução do stencil para entender por que ele tem sido tão aplicado, não apenas no mundo da arte e na street art. Por fim, também analisaremos como funciona a serigrafia têxtil.
Na Espanha, encontramos o estêncil mais antigo conhecido. É um painel de mãos com mais de 66.000 anos. Naquela época, o pigmento era espalhado na mão para deixar rastros nas paredes. Também os egípcios, em 2000 a.C., usaram estênceis de couro ou papiro, principalmente para fins decorativos.
Os chineses foram os pioneiros na criação de um estêncil de papel, por volta de 105 d.C.. Pouco tempo depois, colocaram a técnica em prática em superfícies muito mais delicadas, como sedas e porcelanas. Os japoneses aprimoraram a técnica unindo moldes delicados com cabelo humano ou seda. Seu método de tingir tecidos com esse tipo de utensílio é conhecido como Katazome.
Muito mais tarde, na Europa medieval, o estêncil agilizou a decoração das paredes das igrejas. Além disso, os modelos impulsionaram a produção em massa de manuscritos, cartas de baralho e ilustrações de livros, tecidos e papéis de parede. Até mesmo exércitos ao redor do mundo usaram essa técnica para marcar capacetes, equipamentos de veículos ou propaganda.
Além disso, é uma técnica que nos permite economizar muito tempo. Talvez por isso, no mundo da street art, também seja muito comum. Na década de 1960, artistas dos Estados Unidos e da Europa começaram a praticá-lo.
Por exemplo, John Fekner. Suas obras inspiraram o parisiense Blek le Rat, que já foi apelidado de “o pai do grafite com stencil“, ou o artista de rua britânico Banksy.
Sabendo que o estêncil é o elemento mais importante, podemos aplicá-lo em tecido, seda, madeira, latão e até mesmo em paredes. O único requisito é que o desenho ou padrão de projeto tenha sido cortado com antecedência.
A partir daí, o encostamos em outra superfície e aplicamos a tinta escolhida. As seções abertas de um modelo são chamadas de ilhas; as pontes são as partes que separam essas ilhas e que impedem que a tinta chegue à superfície.
E como é o modelo? Normalmente, é uma folha de papel, mas também pode ser acetato, madeira ou metal. Existem diferentes tamanhos para se adaptar a cada projeto e, claro, com todos os tipos de motivos. Outra vantagem é que o estêncil pode ser lavado e, portanto, reutilizado. Se pode lavar com água quente ou álcool e um guardanapo, desde que a tinta não tenha secado.
Entre as ferramentas mais comuns para estampar, encontramos esponjas, escovas de dente ou sprays. Existem também pincéis redondos especiais com pelos curtos que carregam pouca tinta, exatamente o que se busca com essa técnica. E por falar nisso, ao pintar os furos do estêncil, recomenda-se fazê-lo com pinceladas secas, sem arrastar o pincel e de cima para baixo.
Se quiser experimentar este método, você mesmo pode criar os modelos com estes materiais:
– Divisória de plástico de um arquivo
– Pano embebido em álcool
– Marcador permanente
– Cutter
Primeiro, faça o desenho que lhe interessa em uma folha. Em seguida, coloque uma das divisórias de plástico sobre o desenho. Por ser flexível e transparente é perfeito para o uso que lhe vamos dar. Agora repasse o desenho com o marcador e, por fim, recorte e limpe qualquer tinta que possa ter ficado com o pano.
Em alguns minutos, você já tem seu modelo. Como você pode ver, o processo é muito simples. Uma atividade artesanal perfeita para, por exemplo, fazer com os pequenos artistas da casa. No entanto, como veremos a seguir, a arte do estêncil vai muito além.
Conforme explicado no site Hamilton-Selway Fine Art, em agosto de 1962, Andy Warhol procurava um método que desse um efeito de linha de montagem às suas obras e foi assim que começou a usar a serigrafia.
Em termos gerais, este método de impressão permite imprimir em diferentes suportes usando uma tela. O curioso é que essa tela incorpora uma malha para que as tintas sejam transferidas. A malha é formada por fios entrelaçados que podem variar em número. Quanto maior o número de fios que possui, mais detalhamento é obtido na estampagem.
Agora, quando falamos sobre serigrafia stencil, o processo é diferente. O que se usa são telas com um modelo, em vez de uma malha. Se você quer experimentar, vai precisar de um acetato com o desenho recortado (stencil) que deseja imprimir em uma peça de roupa ou em qualquer outro suporte. Apoiando o acetato na superfície e com a ajuda de um rodo, poderá espalhar a tinta e criar o seu padrão.
Sem usar produtos químicos ou outros processos que algumas técnicas de serigrafia exigem, por meio do stencil você pode brincar muito com as estampas. Portanto, é uma forma caseira de alcançar um resultado muito profissional. Neste vídeo, você encontrará um exemplo de como fazer um modelo de serigrafia caseiro.
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